O estádio do Dragão
O estádio tem um "design" impressionante. A cobertura translúcida, já designada como o “véu”, integra 280 toneladas de aço, suportadas por uma floresta de pilares, ao passo que o lado Nascente do estádio tem uma altura equivalente à de um edifício de 12 andares. Naturalmente, todo o processo que envolveu a construção do estádio foi bastante complexo, nomeadamente devido à localização do próprio recinto.

LOTAÇÃO: 52.000 lugares sentados
ARQUITECTO: Manuel Salgado
JOGOS: Três jogos da fase de grupos, incluindo o jogo inaugural, um jogo dos quartos de final e um das meias-finais
O Estádio do Dragão acolherá o jogo de abertura da prova.

Jogo de abertura
Implantado numa zona urbana contígua ao actual Estádio das Antas, o novo estádio do FC Porto será o palco da cerimónia de abertura e do jogo inaugural do UEFA EURO 2004.

Não foi nada fácil a execução do Estádio do Dragão. O próprio arquitecto, Manuel Salgado, reconhece que houve três fases importantes na sua construção.
A primeira foi muito dura, na verdadeira acepção da palavra, pois tratou-se de remover muita pedra. Por uma simples razão: É que o terreno tinha muitos desequilíbrios. O desnível entre a Avenida de Fernão de Magalhães e S. Roque e aquele onde está a VCI corresponde a um edifício de 20 pisos, daí a enorme dificuldade.
Foi necessário estudar aquele terreno e movimentar milhares e milhares de toneladas de terra e pedra, para que se criasse uma harmonia entre toda a área. Pretendia-se que a zona das Antas não fosse um gueto, mas que se interligasse, como uma rede integrada, por acessos e outras componentes de lazer (health clube, centro comercial, etc) e de habitação.
A obra teve, por isso, várias etapas. Começou em Maio de 2001, mas as sondagens geológicas iniciaram-se em Março. Em Julho foi o tal desmonte do maciço rochoso e as escavações respectivas. A primeira estaca (estacas entre 12m a 14m) ocorreu em Junho.
Durante 2001, a obra prosseguiu a todo o vapor, mas, no início de Março de 2002, foi suspensa, em resultado do conflito aberto com o novo líder autárquico, Rui Rio. Em Janeiro, foi executada a bancada poente e a primeira cobertura foi em Março.
Outra etapa fundamental foi a da colocação da estrutura de betão armado, algo de muito complexo, não só pela inclinação do terreno, mas também porque ele é muito heterogéneo com zonas de rocha e de aluviões. Outra fase nuclear e que se pode considerar de intermédia foi a montagem de todas as bancadas, construídas em betão prefabricado, período em que se começou a visualizar a forma do anfiteatro, segundo Manuel Salgado.
A derradeira etapa, o fecho, ocorrida já neste ano, foi a construção da cobertura, com características inovadoras. É um projecto da autoria do professor António Reis, executado com grande dificuldade, já que tem um vão de cerca de 200 metros que atravessa o estádio, apoiado em quatro enormes pilares. Foi construída em policarbonato com uma parte transparente e outra translúcida. As bancadas começaram a ser erguidas em Setembro de 2002, a poente, já visível no mês seguinte. E a nascente, em Novembro.
Entre Janeiro e Julho, foram construídas as paredes exteriores, as bancadas de topo e a cobertura, esta praticamente concluída no fim de Setembro. Mês em que foi plantado o relvado. Em Outubro passado, a obra estava terminada, com os últimos retoques a serem dados e com a relva a passar por um processo de maturação, para evitar o sucedido com o de Alvalade.

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