recordações

Nesse alvitrar sedento
Das mãos esquecidas dos dedos
Guardo o calor de um momento
Perdido em tantos segredos

Memórias que se dissipam
Como o fumo no ar
No aperto que me comprimem
Sinto a saudade a despertar

Dos dedos que outrora tocaram
A pele macia e serena
Resta apenas o vazio
De uma paixão que não condena

Nesse apertar sedento
Das mãos já esquecidas dos dedos
Guardo a dor do sentimento
Que nunca mais será segredo.
.
João Pires autor 

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